Acostumados à vida pacata da época das chácaras, o tatuapeense é avesso à violência. O baixo índice de ocorrências policiais violentas como os homicídios, um dos menores da cidade de São Paulo, e a ausência total de ocupações irregulares como os cortiços e favelas, atestam essa característica.

Este fato é reforçado pela permanente vigilância exercida pelos moradores, que se julgam parte importante do bairro, e pela atuação maciça das entidades comunitárias como o Rotary, o Lions, as Maçonarias e em particular os CONSEGs, os Conselhos Comunitários de Segurança, junto aos órgãos públicos responsáveis por estes setores.

Entretanto, essa vida pacata pode acabar. A grande afluência de um público novo, não aculturado ao tradicionalismo da região e sem sentir um compromisso de qualidade de vida com o local em que reside poderá criar muitos conlfitos sócios-culturais e de vizinhança.

As escolas, as entidades comunitárias e principalmente os meios de comunicação desempenharão um papel extremamente importante nesse processo de transformação e adaptação aos novos modus vivendi.

Novos distritos policiais, além dos 2 já existentes, o 300 e o 520, serão instalados acompanhando a tendência natural de crescimento. Serão implantados também novas Delegacias da Mulher e novos Postos 24 Horas da Polícia Militar seguindo o exemplo bem sucedido e pioneiro do Posto 24 Horas da Praça Silvio Romero, um dos primerios em São Paulo construído por iniciativa do saudoso Antonio Giaquinto quando Superintendente da Associação Comercial de São Paulo - Distrital Tatuapé e com o apoio da iniciativa privada.

O Fórum do Tatuapé, hoje precariamente instalado em uma fábrica antiga, terá, finalmente, seu prédio próprio. Um prédio especialmente construído para abrigar a Justiça e será localizado nas proximidades da estação Carrão do Metrô, onde a Secretaria da Justiça já possui um terreno.