VIA ROMANA

As estradas ganharam grande importância durante o Império Romano.

O Império Romano era uma coisa gigantesta e cobria quase toda a Europa, parte do Oriente Médio e parte do norte do continete africano. Veja um mapa que mostra os mais de 100.000 quilômetros de estradas que foram construídas para o "rápido" deslocamento principalmente de guarnições do Exército Romano para todas as fronteiras do Império:

Todas as estradas comunicavam-se com Roma, a Capital do Império Romano, e a mais famosa delas é a Via Ápia pois tinha quase 660 quilômetros de extensão. Denomninadas de Cursus Publicus, eram dotadas de pontos de parada para descanso ou pernoite, possuiam marcos quilométricos denominados Milenares que indicavam a distância percorrida e também a distância que faltava para chegar a Roma.

Veja uma lista dessas estradas:

Itália

Nota: Os nomes destas estradas (ainda activas) derivam dos nomes dos magistrados (normalmente um censor, embora pudesse ser um cônsul, como no caso das vias Flaminia e Emilia) que ordenaram a sua construção.

Estradas transalpinas entre a Itália e Germânia

França

Espanha e Portugal - Hispânia.

Espanha

Grécia

Reino Unido

Veja algumas fotos:

Veja alguns Milenares:

Veja algumas benfeitorias como Muros de Arrimo e Drenagem:

Quando passagem por cidades recebiam portais, muitos com posto de vigília e portões:

A grande preocupação dos construtores dos Cursus Publicus era com a manutenção. Tratando-se de vias extensas, era muito difícil deslocar equipes de manutenção para efetuar consertos e manter as vias perfeitamente transitáveis o ano todo.

Outro problema era com relação aos materiais. Num lugar encotrava-se rochas de basalto em abundância, noutro pedras calcáreas, e havia também locais com carência de pedras.

Os construtores criaram, desenvolveram e aperfeiçoaram muitas técnicas construtivas. Elas eram e continuam a ser tão eficientes que muitas Vias Romanas encontram-se em boas condições de tráfego ainda nos dias de hoje.

As vias eram todas revestidas com pedras e as pedras eram assentadas com cimento sobre leito preparado, inclusive com drenagem. As pedras tinham superfície curva para evitar o empoçamento de água e se usava a pedra local. Asism há trechos com basalto, com granito, com calcáreo, etc. 

Em trechos sobre terreno mole, usava-se a técnica de Substituição do Solo, removendo-se o solo de baixa capacidade e colocando no lugar solo de boa qualidade. Há construtoras atuais que não conhecem tal técnica e algumas estradas são construídas a peso de ouro porém sem a aplicação dos preceitos mais elementares de drenagem.

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ET-12\RMW\trafegando\viaromana.htm em 23/06/2011, atualizado em 14/12/2011 .