O tráfego de veículos pelas vias:

NBR-14885 versão 13.05.2016

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Encontra-se em vigor, desde o dia 13 de maio de 2016, a nova versão da norma brasileira NBR-14885 que disciplina o uso de Barreira de Concreto nas vias públicas do Brasil que objetiva a segurança das pessoas que nela transitam.

Trata-se de uma versão bastante atualizada e consistente com as normas internacionais vigentes. Diferentemente da versão anterior, a do dia 31 de maio de 2004, a nova versão traz uma série de novidades, inclusive em algumas definições importantes como:

Barreira de Concreto - Dispositivo rígido e contínuo a ser implantado ao longo das vias públicas com forma e dimensões tais que, quando colididos por veículos desgovernados, reconduzem estes veículos à pista com desacelerações suportáveis pelo corpo humano e com os menores danos possíveis aos veículos e ao próprio dispositivo, de modo a evitar que estes veículos tenham seus acidentes agravados por outros fatores, como por exemplo: travessia de canteiro central seguida de choque frontal contra outro veículo, quedas em precipícios, colisão com elementos físicos, como pilares de obras de arte, postes de utilidade, árvores e postes de sinalização. [NBR-14885 3.2]

Como se vê, a nova abordagem cuida mais da segurança do veículo desgovernado e de seus ocupantes levando em conta todas as circunstâncias presentes quando o veículo for tomado por falta de controle em função dos condicionantes locais da pista como a existência de neblina ou fumaça, pista escorregadia, vento lateral, curva fechada, longa descida e também os condicionantes laterais como a existência de uma faixa de recuperação, uma árvore, um barranco, um pilar de viaduto e até mesmo pilares e postes que suportam placas de sinalização viária. Algumas vezes, a placa que avisa sobre um perigo mais à frente é a causadora do acidente e caso ela não existisse, o motorista cuidadoso não seria envolvido no acidente.

Em outras palavras, o Barreira de Concreto, que denominamos neste site como DEFENSA, serve para evitar situações como as seguintes:

A DEFENSA TERIA EVITADO QUE O ÔNIBUS
ROLASSE BARRANCO ABAIXO:

A DEFENSA TERIA EVITADO QUE O ÔNIBUS
SALTASSE DO VIADUTO:

A DEFENSA TERIA EVITADO QUE O VEÍCULO
SE CHOCASSE COM O POSTE:
A DEFENSA TERIA EVITADO QUE O CARRO
FOSSE FATIADO PELA
CERCA METÁLICA AFIADA E CORTANTE:
A DEFENSA TERIA EVITADO QUE O VEÍCULO FOSSE PENETRADO PELA CERCA METÁLICA:
A DEFENSA TERIA EVITADO QUE O ÔNIBUS
ROLASSE PELA RIBANCEIRA:
A DEFENSA TERIA EVITADO O CHOQUE
DO ÔNIBUS CONTRA O BARRANCO:

e muitos outros acidentes em que veículos desgovernados tiveram as consequências agravadas pela falta da Defensa.

É sempre bom lembrar que um Veículo Desgovernado é cego, de modo que não adianta ter placas de alerta e sinais de advertência.

Para SEGURAR o veículo e impedir que ele prossiga na rota de colisão ou lançamento em precipício, a Defensa possui a forma, o tamanho e a resistência projetadas e calculadas de modo a devolver o veículo para a pista.

A FORMA DA DEFENSA:

A sua forma foi elaborada e aprimorada ao longo de muitos anos e a forma mundialmente adotada é conhecida, nos meio técnicos, como Defensa New Jersey, nome do estado americano que levou a fundo os estudos de comportamento de veículos desgovernados.

A Defensa New Jersey tem o seu formato calculado de tal forma que permite que o veículo desgovernado "suba" pela lateral, em vez de colidir, rodopiar ou capotar e na sequência seja devolvido para a via:

A RESISTÊNCIA DA DEFENSA:

A Defensa é firmemente fixada (ancorada) no solo ou na ponte e deve resistir a uma grande força de impacto. A versão 2004 da NBR-14885 determinava que a Defensa fosse capaz de suportar um impacto mínimo de 200 kN que equivale a uma força de 20 toneladas e a nova versão, considerando os modernos ônibus, bi-articulados determina uma resistência mínima de 36 toneladas.

NA VERSÃO ANTIGA, A RESISTÊNCIA DA DEFENSA
ERA DE 20 TONELADAS:
NA VERSÃO NOVA, A DEFENSA TEM QUE AGUENTAR
O IMPACTO DE ÔNIBUS DE ATÉ 36 TONELADAS:

 

Outra norma, igualmente importante é a NBR-15.486 em vigor desde o dia 9 de março de 2016 e que trata das Diretrizes para o Projeto (para que o Engenheiro de Estradas desenhe uma estrada segura) e também dos Ensaios de Impacto (necessários para comprovar a segurança teoricamente oferecida pelos dispositivos de segurança).

 

CONTEUDO DO SITE:

A seguir, relacionamos uma série de situações que objetivam a segurança do veículo e, principalmente, a segurança dos ocupantes do veículo, além da segurança de pedestres que estejam caminhando ao lado da via na hora do acidente.

Para efeito pedagógico, procuramos apresentar sempre duas situações lado a lado mostrando de que maneira a existência, ou a inexistência, pode diminuir e até eliminar o risco de mortes em acidentes com veículos desgovernados.

Os casos são numerados para facilitar a consulta e, quando viável, apresentamos recomendações e as respectivas leis e normas para que o interessado, com a assistência de um Profissional de Direito, possa encaminhar ações na Justiça.

É comum, em especial nas situações em que o motorista morreu, atribuir toda a culpa a ele alegando "erro humano" mas em muitas situações, falhas na própria rodovia como a inexistência de Defensa, são os verdadeiros causadores das mortes. Por isso, é importante que logo após a ocorrênica do acidente, ao mesmo tempo em que se procura sinalizar o ocorrido para evitar ocorrências de novos desastres na sequência, seja providenciada a aquisição de provas, em especial fotográficas, sobre as condições locais como falta de placas de advertência e a inexistência de componentes de segurança como as Defensas que poderiam ter evitado o prosseguimento e o consequente agravamento do desastre.

Mas vale prevenir que que remediar de modo que mesmo situações em que não tenha ocorrido ainda algum acidente, as pessoas, grupo de pessoas e também entidades comunitárias Associação de Moradores e Associação de Comerciantes e clubes de serviço como o Rotary e o Lions podem encaminhar ações (denúncias) junto ao Ministério Público. É melhor prevenir e evitar o acidente e nos casos em que não seja possivel evitar o acidente devemos ao menos tentar evitar o agravamento do acidente, em vez de ficar lamentando a morte de pessoas.

GRUPOS DE CASOS - SUMÁRIO:

O site enumera uma quantidade significativa de casos-exemplo e, para facilitar a consulta, agrupamos os casos por temas para facilitar a compreensão, principalmente por parte de leigos, do nexo causal em cada etapa da sucessão de eventos que, em geral, compõe um acidente que envolve um veículo desgovernado.

1 - Faixas de Domínio e Faixa Livre (itens 3.17 e 4.1.1 NBR-15486)

Tabelas para o Cálculo de Faixa Livre (Tabela 1 NBR-15486)

2 - Tipos de Veículos que podem trafegar nas Vias Brasileiras

3 - Dispositivo Colapsível (item 3.3 NBR-15486)

Obstáculo Fixo (item 3.9 NBR-15486)

Tratamento para o Obstáculo Fixo (item 4.1.2 NBR-15486) 

Obstáculos Naturais, Taludes e Terrenos (itens 3.12 e 3.13 NBR-15486)

Taludes Recuperáveis, Críticos (itens 4.2 e 4.2 NBR-15486)

3 - Modelos de Defensas e Implantação

Modelos de Defensas (Anexo A NBR-14885)

Acabamento da Superfície da Defensa (item 4.4.6 NBR-14885)

Distância da LBO (item 5.4.3 NBR-15486)

Deflexão Horizontal (tabela 1  e Anexo B.2 NBR-14885 e 5.6 NBR-15486)

Deflexão Vertical

Localização de Passeio para Pedestres (item 4.3.3.5 e Anexo B.3 NBR-14885)

Altura Adicional (item 4.3.3.8 NBR-14885)

Sinalização da Defensa (item 4.3.9 NBR-14885) 

Manutenção da Defensa (item 6.5 NBR-15486)

4 - Capacidade das Defensas

O Concreto Armado das Defensas (item 4.4.1 NBR-14885)

A Armadura de Aço das Defensas e sua Ancoragem (itens 4.4.4, 4.4.5 e Anexo B.5 NBR-14885)

Dimensionamento da Defensa (item 5 NBR-15486)

Tabela da Energia Cinética (Velocidade, Veículo e Nível de Contenção) (item 5.3 NBR-15486)

Segurança Total (item 6.4 NBR-15486)

Terminais de Defensas (item 4.3.6.1 NBR-14885)

Atenuadores de Impacto (item 4.3.7 NBR-14885 e 3.4.3 e 6.2 NBR-15486)

Características Locais (declive) (item 6.3 NBR-15486)

Número de Ensaios para Comprovar Eficiência de Atenuadores (Tabela 12 a 16 NBR-15486)

Cuidados (atenuador não pode penetrar no veículo ) (item 6.1 NBR-15486)

5 - Aplicações Típicas:

Pontes e Viadutos:

Topo de Barrancos:

Pé de Barrancos:

Trechos Curvos:

6 - O que não pode nas Defensas

Aberturas de construção (item 4.3.2.1 NBR-14885)

Juntas de Retração/Dilatação (itens 4.4.3.1 e 4.4.3.2 NBR-14885)

Aberturas de operação (item 4.3.2.2 NBR-14885)

Aberturas para pedestres (item 4.3.2.3 e Anexo B.1 NBR-14885)

Meio-Fio e Valetas de Drenagem (item4.3.3.4 NBR-14885) Grelhas (item 4.3.4 e Anexo B.6 NBR-14885)

Barreira com Sarjeta e Barreira com Drenagem (item 5.5 NBR-15486)

Necessidade de Defensa em função da drenagem (item 4.6 NBR-15486)

Elementos Perigosos como Postes e Placas (item 4.3.8 NBR-14885) 

GRUPOS DE CASOS:

Cada Caso procura demonstrar as circunstâncias que envolvem o caso, isolando o fato causador específico. O Caso é numerado para facilitar a identificação, visto que muitos casos são muito parecidos, e é apresentada uma referência à norma técnica para ser consultada as demais características que envolvem o caso, onde o profissional de direito possa buscar elementos para a formação do seu juízo.

1 - FAIXA DE DOMÍNIO E FAIXA LIVRE:

FAIXA LIVRE: De acordo com a norma brasileira NBR-15486 (item 4.1.1) a Faixa Livre é uma faixa de terreno reservada exclusivamente para recuperação (o motorista de um veículo desgovernado numa derrapagem, por exemplo, vai retormar o controle do veículo se houver na lateral da pista uma faixa livre suficientemente larga para isso), deve ser livre de obstáculos, desobstruída e transpassável. Existem obstáculos naturais como barrancos e rios, obstruções como pilares, postes e placas.

Transpassável são obstáculos que embora existentes não oferecem obstrução significativa. Uma simples placa de trânsito pode ser um obstáculo grave quando confeccionada com colunas e chapas rígidas de aço mas pode ser transpassável quando confeccionada com material plástico de fácil rompimento.

Embora a norma empregue o termo "zona livre", preferimos chamar de "faixa livre" pois trata-se de uma faixa comprida e que tem uma certa largura.

A Largura mínima da faixa livre é estabelecida pela norma NBR-15486 e depende de 3 fatores locais como:

1 - Velocidade de Projeto, ou a velocidade máxima permitida para o local;

2 - Inclinação do Terreno se é um declive, se é em aclive e se é brusca ou suave;

3 - VDM (volume diário médio) de veículos naquele trecho da rodovia.

Veja algumas larguras apresentadas na NBR-15486:

LARGURA DA FAIXA LIVRE EM DECLIVE SUAVE <1:6 [metros]
VELOCIDADE <750 750-1500 1500-5000 >6000
70 3,5 5,0 5,5 6,5
90 3,5 5,0 5,5 7,5
110 5,5 7,5 9,0 10,0

 

LARGURA DA FAIXA LIVRE EM DECLIVE MÉDIO 1:5 A 1:4 [metros]
VELOCIDADE <750 750-1500 1500-5000 >6000
70 4,5 6,0 8,0 8,5
90 5,5 7,5 9,0 10,0
110 7,5 10,0 12,0 13,5

LARGURA DA FAIXA LIVRE EM ACLIVE SUAVE <1:6 [metros]
VELOCIDADE <750 750-1500 1500-5000 >6000
70 3,5 5,0 5,5 6,5
90 3,5 5,0 5,5 7,5
110 5,0 6,5 8,5 9,0

LARGURA DA FAIXA LIVRE EM ACLIVE MÉDIO 1:5 A 1:4 [metros]
VELOCIDADE <750 750-1500 1500-5000 >6000
70 3,0 4,5 5,0 6,0
90 3,5 5,0 5,5 7,5
110 5,0 6,0 7,5 9,0

 

LARGURA DA FAIXA LIVRE EM ACLIVE ACENTUADO >1:3 [metros]
VELOCIDADE <750 750-1500 1500-5000 >6000
70 3,0 3,5 4,5 5,0
90 3,0 3,5 5,0 5,5
110 3,5 5,0 6,0 7,5

CASO-3: Elementos perigosos na Faixa Livre.
SITUAÇÃO ERRADA SITUAÇÃO CORRETA
 
Cerca Metálica (afiada e cortante) oferece risco para o veículo desgovernado.
 
Faixa Livre plana ou com pouca declividade dispensa a existência de Defensa.
NBR-14486 item 4.4.1- A Faixa Livre é uma área de recuperação e não deve haver nenhum obstáculo fixo (inclusive cerca metálica) e a sua largura deve ser fixada em função da velocidade de projeto e do VDM no trecho. Para Faixa Livre plana ou com pequena declividade não há a necessidade de construção de Defensas.

 

 

2 - TIPOS DE VEÍCULOS:

 

 

3 - MODELOS DE DEFENSAS:

Além da Defensa Tipo New Jersey, a norma NBR-14885 permite o emprego de outros modelos dependendo das condições locais (longa descida, curva fechada, etc.) como o Perfil F, o Perfil Texas, o Perfil Ontário e outros. Veja o Anexo A da NBR-14885.

O importante é que a Defensa consiga "segurar" o veículo desgovernado evitando que ele prossiga na sua trajetória errante e assim, evitar o pior. Na escolha do tipo de Defensa e de suas dimensões são considerados o tipo de veículo, sua velocidade e o ângulo de impacto. Veja um exemplo:

A norma NCHRP-350 é uma norma dos EUA que é adotada pela nossa NBR-15486 para definir os níveis de contenção. Veja mais detalhes mais adiante.

 

 

4 - CAPACIDADE DAS DEFENSAS:

 

 

5 - APLICAÇÕES TÍPICAS:

PONTES E VIADUTOS

TOPO DE BARRANCOS: A vista é maravilhosa, porém o trecho oferece grandes perigos para o veículo desgovernado. Um simples Defensa evita que o veículo se lance para o precipício.

casos ocorridos famosos poderiam ser evitado caso o trecho fosse dotado de Defensas:

 

PÉ DE BARRANCO

TRECHO CURVO

 

CASO-6: Obstáculos Fixos, possíveis de serem deslocados.
Podem ser elementos naturais (árvores com diâmetro maior que 10 cm, bambuzal, rochas, etc.) ou construídos (postes de sinalização, pilares de pontes, elementos de drenagem, etc.), ou qualquer elemento rígido aflorando mais do que 10 cm, situados na lateral da via que, pela sua proximidade da via possa causar, em caso de acidente com veículo desgovernado, danos consideráveis ao veículo e aos seus ocupantes. Mais detalhes no item 3.9 da NBR-15486.
SITUAÇÃO ERRADA SITUAÇÃO CORRETA
 
Postes dentro da Faixa Livre devem ser deslocados ou receberem defensa.
 
A Defensa evita que o veículo desgovernado venha a chocar-se contra o poste.
NBR-15486 item 4.1.2- Tratamento de obstáculos fixos. O tratamento de obstáculos fixos na zona livre deve obedecer as seguintes alternativas:
a) remover o obstáculo. Atualmente a engenharia de construção permite vãos muito grandes eliminando a necessidade de construir pilares próxim;
b) redesenhar o obstáculo de forma que ele possa ser atravessado com segurança. Placas de sinalização podem ser confeccionadas com material plástico em vem de chapas de aço;
c) relocar o obstáculo para outro lugar onde a possibilidade de ser atingido seja menor;
d) reduzir a severidade do impacto utilizando um dispositivo colapsível;
e) proteger do perigo do obstáculo com dispositivo de contenção lateral como uma DEFENSA ou com um dispositvo atenuador de impacrto.

 

CASO-5: Obstáculos Fixos, difíceis de serem deslocados.
Podem ser elementos naturais (árvores com diâmetro maior que 10 cm, bambuzal, rochas, etc.) ou construídos (postes de sinalização, pilares de pontes, elementos de drenagem, etc.), ou qualquer elemento rígido aflorando mais do que 10 cm, situados na lateral da via que, pela sua proximidade da via possa causar, em caso de acidente com veículo desgovernado, danos consideráveis ao veículo e aos seus ocupantes. Mais detalhes no item 3.9 da NBR-15486.
SITUAÇÃO ERRADA SITUAÇÃO CORRETA
 
Pilares de pontes e viadutos podem causar o capotamento do veículo desgovernado.
 
A Defensa evita que o veículo desgovernado venha a chocar-se contra o pilar.
NBR-15486 item 4.1.2- Tratamento de obstáculos fixos. O tratamento de obstáculos fixos na zona livre deve obedecer as seguintes alternativas:
a) remover o obstáculo. Atualmente a engenharia de construção permite vãos muito grandes eliminando a necessidade de construir pilares próxim;
b) redesenhar o obstáculo de forma que ele possa ser atravessado com segurança. Placas de sinalização podem ser confeccionadas com material plástico em vem de chapas de aço;
c) relocar o obstáculo para outro lugar onde a possibilidade de ser atingido seja menor;
d) reduzir a severidade do impacto utilizando um dispositivo colapsível;
e) proteger do perigo do obstáculo com dispositivo de contenção lateral como uma DEFENSA ou com um dispositvo atenuador de impacrto.

 

CASO-1: Barranco com rochas salientes.
SITUAÇÃO ERRADA SITUAÇÃO CORRETA
 
Rocha saliente pode causar o capotamento do veículo desgovernado.
 
O Barranco é isolado da via por uma Defensa.
NBR-15486 item 4.3 – Cortes em rocha são considerados perigosos quando a superfície formada puder causar enganchamento dos veículos ao invés de providenciar um redirecionamento relativavament suave.

 

 

CASO-4: Barranco com inclinação maior que 1:2.
SITUAÇÃO ERRADA SITUAÇÃO CORRETA
 
Veículo desgovernado vai chocar-se contra o barranco.
 
A Defensa evita que o veículo desgovernado venha a colidir com o barranco.
 NBR-14486 tabela 1- Insuficiência da Faixa Livre para promover a recuperação de um veículo desgovernado. Deve ser construída Defensa para segurar o veículo desgovernado.

 

CASO-2: Barranco com rochas salientes protegido com Cerca Metálica
SITUAÇÃO ERRADA SITUAÇÃO CORRETA
 
Cerca Metálica (afiada e cortante) produz danos consideráveis no veículo.
 
A Defensa segura o veículo e evita o choque com a rocha.
NBR-15486 item 4.3 – Cortes em rocha são considerados perigosos quando a superfície formada puder causar enganchamento dos veículos ao invés de providenciar um redirecionamento relativavament suave.

 

6 - O QUE NÃO PODE NAS DEFENSAS:

CASO-7: Saliência, dente ou degrau na superfície da Defensa.
SITUAÇÃO ERRADA SITUAÇÃO CORRETA
 
Saliência na superfície da Defensa pode causar o capotamento do veículo desgovernado.
 
Há uma limitação no tamanho da saliência.
NBR-14885 item 4.3.3.2- JUNTAS DE DILATAÇÃO: As barreiras moldadas in-loco devem ter uma junta de dilatação térmica no máximo a cada 30 metros no máximo e com abertura máxima de 30 mm.
Item 4.4.3.1 JUNTAS DE RETRAÇÃO: A distância entre juntas de retração deve ser no máximo 6 metros.
Item 4.4.3.3 JUNTAS DE CONSTRUÇÃO: Pode haver juntas de construção (junta seca) desde que se garanta a continuidade da armadura.

 

CASO-7: Elementos perigosos na superfície da Defensa.
SITUAÇÃO ERRADA SITUAÇÃO CORRETA
 
Poste saliente pode causar o capotamento do veículo desgovernado.
 
Postes e outros objetos rígidos são instalados a uma certa distãncia da Defensa.
 NBR-14885 item 4.3.8- ELEMENTOS PERIGOSOS. Não podem ser colocados, sobre o topo e a superfície de deslizamento, elementos salientes que possam oferecer risco ao veículo ou a seus ocupantes.

 

CASO-8: Tratamento no final do Talude.
SITUAÇÃO ERRADA SITUAÇÃO CORRETA
 
Fundo do Talude SEM TRATAMENTO causa o agravamento.
 
Tramento (arredondamento) do Fundo do Talude evita mais dados ao veículo e ocupantes.
 

 

 

 

Caso de remoção de pilar: passarela com pilar e passarel sem pilar no canteiro central

 

 

 

NORMAS REFERENCIADAS NO SITE:

NBR-14885 Segurança no tráfego - Barreiras de concreto

NBR-15486 Segurança no tráfego - Dispositivos de contenção viária - Diretrizes de projeto e ensaios de impacto

DNIT-109 Obras complementares - Segurança no tráfego rodoviário - Projeto de barreiras de concreto - Procedimento

NCHRP-350 Recommended Procedures for the Safety Performance Evaluation of Highway Features

 

 

 

 

NOTA: Este site é mantido pela equipe do engenheiro Roberto Massaru Watanabe e se destina principalmente para estudantes. Pelo caráter pedagógico do site, seu conteúdo pode ser livremente copiado, impresso e distribuido. Só não pode piratear, isto é, copiar e depois divulgar como se fosse de sua autoria.


ET-10\RMW\trafegando\CertoErrado.htm em 05/07/2015, atualizado em 21/12/2020 .