NÍVEIS DE SERVIÇO DE PEDESTRES

De acordo com a instrução IPR-740 Manual de Projeto Geométrioco de Travessias Urbanas do  Ministério dos Transportes.

 

Os níveis de serviço das vias de pedestres podem ser determinados com os procedimentos do HCM. São definidas as grandezas densidade, fluxo e velocidade de pedestres, para desenvolver critérios de qualidade que possam ser interpretados como níveis de serviço (NS) de seus fluxos. A relação entre essas grandezas é dada pela equação:

Fped = Vped . Dped

Onde:
Fped = fluxo de pedestres (p/min/m), pedestres por minuto por metro de largura

Vped = velocidade dos pedestres (m/min) metros por minuto

Dped = densidade de pedestres (p/m2) pedestres por metro quadrado.

São definidos dois tipos de níveis de serviço: pedestres em deslocamento (passeios, escadas etc) e pedestres aguardando oportunidade para se deslocar (áreas de espera).

 

PEDESTRE ANDANDO - EM DESLOCAMENTO:

Nível de Serviço A – Fluxo livre (Densidade 0,2 p/m2, Fluxo 16 p/min/m)
Os pedestres se movem pelo caminho desejado, sem serem forçados a alterar seus movimentos pela proximidade dos demais. Suas velocidades são escolhidas livremente e há pouca probabilidade de conflitos.

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Nível de Serviço B – Fluxo razoavelmente livre (Densidade 0,3-0,2 p/m2, Fluxo 16-23 p/min/m)
Os pedestres escolhem livremente suas velocidades, mas seus caminhos já exigem atenção aos demais.

Nível de Serviço C – Fluxo estável (Densidade 0,5-0,3 p/m2, Fluxo 23-33 p/min/m)
Os pedestres podem se deslocar com velocidade normal e ultrapassar outros pedestres em correntes de mesmo sentido. Fluxos opostos e mudanças de trajetórias começam a causar conflitos. Há certa redução nos fluxos.

Nível de Serviço D – Fluxo próximo à instabilidade (Densidade 0,7-0,5 p/m2, Fluxo 33-49 p/min/m)
Os pedestres têm sua velocidade restringida e encontram dificuldade para ultrapassar outros pedestres. Fluxos opostos e mudanças de trajetórias aumentam muito a probabilidade de conflitos. Pode-se ainda considerar uma razoável fluidez nos deslocamentos.

Nível de Serviço E – Fluxo instável/Capacidade (Densidade 1,3-0,7 p/m2, Fluxo 49-75 p/min/m)
Os pedestres são frequentemente obrigados a ajustar entre si suas velocidades. O espaço disponível é insuficiente para permitir a ultrapassagem de pedestres mais vagarosos. Movimentos de correntes contrárias e mudanças de trajetórias são extremamente difíceis. No limite deste nível, o deslocamento é arrastado, com paradas e interrupções do fluxo.

Nível de Serviço F – Fluxo forçado (Densidade 1,3 p/m2, Fluxo variável p/min/m)
O deslocamento dos pedestres é arrastado. O contato físico é frequente e inevitável.
Mudanças de trajetórias e fluxos de sentidos opostos são virtualmente impossíveis. O fluxo é esporádico. A distribuição dos pedestres mais se assemelha a grupos aguardando oportunidade de se deslocar do que a uma corrente em deslocamento.

 

PEDESTRE PARADO - AGUARDANDO OPORTUNIDADE PARA DESLOCAR:

Nível de Serviço A – Área média por pedestre 1,2 m2/p
Circulação livre dentro da área, sem conflitos entre os pedestres.

Nível de Serviço B – Área média por pedestre: 0,9-1,2 m2/p
Circulação parcialmente restrita, para evitar conflitos.

Nível de Serviço C – Área média por pedestre: 0,6-0,9 m2/p
Circulação mais restrita, com prováveis conflitos.

Nível de Serviço D – Área média por pedestre: 0,3-0,6 m2/p
Circulação severamente restrita. Deslocamento só é possível em grupo. Espera desconfortável.

Nível de Serviço E – Área média por pedestre: 0,2-0,3 m2/p
Contato físico inevitável. Impossibilidade de circulação. Espera extremamente desconfortável.

Nível de Serviço F – Área média por pedestre 0,2 m2/p
Virtualmente todos estão em contato físico uns com os outros. Impossibilidade de deslocamento.
Cresce o potencial para pânico se o volume se tornar excessivo.

ET-12\RMW\trafegando\NSpedestres.htm em 23/06/2011, atualizado em 10/03/2013 .