O tráfego de veículos pelas vias:

DEFEITO NO PAVIMENTO

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Referência: DNIT-005/2003-TER

A norma DNIT-005 define os termos técnicos empregados para caracterizar os defeitos nos pavimentos rodoviários e padroniza a linguyagem adotada nas normas, manuais, proetos e textos relativos aos pavimentos rodoviários.

O DNIT é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Ministério dos Transportes.

DEFINIÇÕES:

FENDA: Qualquer descontinuidade na superfície do pavimento.

FISSURA: Fenda de largura capilar (espessura de um fio de cabelo) visível a olho nu a pelo menos 1,50 metros de distância. Não oferecem risco para o tráfego de veículos.

TRINCA: Fenda facilmente visível a olho nu. Importante diferenciá-la com relação do sentido de rolamento dos veículos, podendo ser Transversal ou Longigudinal.

TRINCA TRANSVERSAL: Trinca isolada que pode ser Curta, quando seu comprimento é menor que 100 centímetros ou Longa quando maior que 100 centímetros.

TRINCA LONGITUDINAL: Trinca isolada na direção do fluxo podendo ser Curta ou Longa quando seu comprimento for menor ou maior que 100 centímetros.

TRINCA DE RETRAÇÃO: Trinca isolada ocasionada pela retração térmica ou retração do material da base.

TRINCA COURO DE JACARÉ: Trincas interligadas sem direção predominante com a aparência de couro de jacaré.

TRINCA TIPO BLOCO: Trincas interligadas formando blocos com lados bem definidos.

AFUNDAMENTO: Deformação do pavimento caracterizada por uma superfície em depressão.

AFUNDAMENTO PLÁSTICO: Deformação causada pela fluência de camadas do pavimento. Pode ser Local ou Trilha de Roda conforme sua extensão seja menor ou maior que 6 metros.

AFUNDAMENTO DE CONSOLIDAÇÃO: Deformação causada pela consolidação de camadas do pavimento. Pode ser Local ou Trilha de Roda conforme sua extensão seja menor ou maior que 6 metros.

ONDULAÇÃO: Também chamado de Corrugação é a deformação caractyerizada por ondulações ou corrugações transversais na superfície do pavimento.

ESCORREGAMENTO: Deslocamento do revestimento em relação à camada adjacente do pavimento, com apareciemtno de fendas em forma de meia-lua.

EXSUDAÇÃO: Excesso de ligante betuminoso na superfície do pavimetno, causado pela migração do ligante através do revestimento.

DESGASTE: Efeito do arrancamento progressivo do agregado do pavimento, caracterizado por aspereza superficial do revestimento e provocado por esforços tangenciais causados pelo tráfego.

PANELA: Também denominada BURACO, é uma cavidade no pavimento que pode ser resultado de diversas causas como desgaste, desplacamento, infiltração de água, colapso da base, etc.

REMENDO: Panela preenchida pela operação Tapa-Buraco.

REMENDO SUPERFICIAL: Correção da panela com a aplicação de uma camada betuminosa.

REMENDO PROFUNDO: Substituição de parte do revestimento e de forma, em geral, retangular.

CAUSAS:

São muitas as causas que produzem defeitos na pista.

Importante é determinar a classe da causa pois, em vias públicas, independentemente delas estarem sob jurisdição municipal, estadual ou federal, as obras de construção e execução dos pavimentos são feitas com dinheiro público e há normas técnicas que estabelecem uma vida útil mínima e qualquer quebra na durabilidade deve ser periciada, por profissinais especializados, para a correta atribuição das responsabilidades não só com relação à qualidade do serviço de pavimentação executada como também com relação aos danos causados pelo defeitos nos veículos assim como nas pessoas.

De forma genérica, as responsabilidade podem ser atribuídas:

Responsabilidade do Projeto: Qualquer via pública deve, antes da elaboração do projeto, ser classificada conforme seu uso. Uma via pode ser uma Via Expressa, uma Via Arterial, uma Via Coletora, uma Via Local ou uma Via Particular e cada uma dessas CLASSES possue especificação técnica estabelecida em normas emitidas pelo Ministério dos Transportes através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

Erro de Concepção - O Projeto da Via não é um mero traçado mas sim o resultado de um estudo minucioso sobre a segurança no uso da via seja pelos veículos como também pelos pedestres e deve incluir e prever áreas de concentração, localização do ponto de ônibus, de bancas de jornal e pontos de travessia veículos e de pessoas com a instalação de componentes de segurança como faixa de travessia, semáforo, passarelas tudo conforme e de acordo com a classe da via.

Inexperiência - Projetistas novatos costumam levar em consideração apenas as restrições determinadas em normas deixando de verificar e estudar impactos mais profundos como fenômenos de escorregamento lento de encostas.

Negligência - Ocorre em terrenos muito heterogêneos e partes da via não são estudadas com a profundidade necessária.

Responsabilidade da Execução: Boa parte dos provlemas decorrem da Desobediência ao Projeto devido à confiança excessiva do construtor. Negligências ocorrem também pelo mesmo fato porém fatores externos como cronograma apertado induzem a falhas por negligência. A Inexperiência é causa de problemas pois algumas Classes de vias requerem cuidados que as classes inferiores não requerem. O processo de licitação nem sempre considera como crítico a experiência executiva de certas classes de vias.

Responsabilidade da Manutenção: O Desgaste do revestimento é um fato corriqueiro e natural mas nem todos os agentes responsáveis pela via possuem experiência ou documentação sobre procedimentos necessários à manutenção das condições mínimas de segurança ao tráfego na via. Inspeções Periódicas são necessárias e muitas o órgão não dispõe de um Programa de Inspeções adequado à classe da via. Impedidas de realizar a manuteção de uma via e obrigadas a promover uma licitação pública, pequenas manutenções nem sempre atraem construtoras experientes e que possuam equipamentos adequados resultando na contratação de construtora sem experiência e sem os equipamentos adequados o que resulta em remendos na via com muitas ondulações.

Veja, a seguir, um quadro com fotografias de casos apresentados na norma DNIT-005 de 2003:

MEDIR AS DEFORMAÇÕES:

A norma DNIT-007 apresenta o instrumento que deve ser usado para medir as ondulações e deformações da pista:

 

 

NOTA: Este site é mantido pela equipe do engenheiro Roberto Massaru Watanabe e se destina principalmente para estudantes. Pelo caráter pedagógico do site, seu conteúdo pode ser livremente copiado, impresso e distribuido. Só não pode piratear, isto é, copiar e depois divulgar como se fosse de sua autoria.


ET-10\RMW\trafegando\DNIT005.htm em 31/12/2017, atualizado em 01/01/2018.