ESTADOS PATOLÓGICOS DAS EDIFICAÇÕES 

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O "ninho" do cupim, ao contrário dos ninhos comuns como os de formigas, não fica num único local com todos os departamentos juntos. Chamamos de policaismo e os diversos departamentos ficam localizados em locais distantes. Talvez eles façam isso por uma questão de segurança.

O aposento da rainha com a sua corte de machos fica, em geral, no local mais distante e inacessível da colônia. Uns poucos tuneis ligam o aposento aos demais departamentos da colônia. Isso é feito por segurança pois numa invasão por fluídos (água de chuva por exemplo) os operários tampam, rapidamente, com barro os túneis que dão acesso e assim impedem que as águas atinjam o local.

Da mesma maneira, quando tentamos injetar veneno na forma líquida ou na forma de gás, o alerta é disparado e os tuneis que dão acesso aos departamentos vitais como o local de armazenamento dos ovos e o das ninfas são imediatamente isolados com barro que os operários colocam nos tuneis.

Por isso, terra e água são ingredientes imprescidíveis para a sobrevivência de uma colônia de cupins.

1 - FONTE DE ALIMENTO

Os cupins só se alimentam com celulose que é o cerne da madeira. De preferência madeira mole como o pinus e o eucalipto que precisam estar mortos e secos.

Por isso é imprescindível que haja madeira por perto. Pode ser uma árvore morta ou uma árvore viva que tenha partes mortas. Pode ser também partes em madeira de uma casa, de um sobrado ou mesmo de um prédio. Antigamente se usava muito lajes tipo "caixão perdido" peças feitas de madeira que ficava incorporada no concreto da laje. Antigamente a construtora fazia fogueira queimando restos de madeira, hoje, por causa da poluição do meio ambiente, não fazem fogueira e preferem enterrar os restos de madeira pois o frete para o descarte é muito caro.

 

2 - OS CAMINHOS

O deslocamento é feito sempre por uma via protegida dos raios solares. Então os operários construem tuneis com água e barro.

Os soldados ajudam nesta terefa secretando uma espécie de ácido que pode corroer o concreto e as argamassas cimentícias. Todos os caminhos por onde trafegam cupins são "pavimentados" com uma massa feita de celulose. Este revestimento protetor é importante principalmente nas vias em que são transportados os ovos e as ninfas que, por serem moles e muito delicadas podem sofrer danos caso haja cantos e arestas duras.

O ácido que o soldado solta na forma de esguicho serve também para atacar o predador.

 

3 - CHOCADEIRA

Da mesma forma que um ovo de galinha precisa de calor para ser chocado, os ovos de cupins precisam de uma fonte de calor mas os cupins são insetos frios e que não conseguem produzir calor. Então o calor utilizado pelos cupins é, em geral, o calor do sol. Há casos raros em que o calor de uma estufa ou de um forno ou de uma caldeira é usado para isso.

O local onde os ovos e as ninfas são colocadas para serem chocados pelo calor do sol chamamos de chocadeira.

A chocadeira pode ser no solo, na árvore, no telhado ou na laje de um prédio. Algumas pessoas acham que que a chocadeira é o "ninho" e que basta destruir esse "ninho" para acabar com os cupins.

A chocadeira é construída com barro e precisa ser muito resistente para resistir aos ataques dos predadores como tamanduás e tatus que possuem garras fortes e afiadas para furar, rasgar e abrir buracos e enfiar a língua fina, comprida e grudenta para "caçar" cupins mesmo que eles estejam bem no fundo.

Veja como é comprida a língua de um tamanduá.

 

Não é à toa que a rainha dos cupins precisa botar 50.000 ovos por dia pois num rápido "lanchinho" o tamanduá abocanha milhares deles.

Somente nos dias quentes é que os operários levam os ovos e as ninfas para serem chocadas. Então, pela manhã, eles ficam observando o tempo: se estiver nublado ou chovendo, então nada é feito mas se lá pelas 10 horas da manhã a chuva parar e o sol aparecer e começar a aquecer as paredes da chocadeiras então começa uma correria doida com os cupins levando os ovos e as ninfas para serem chocadas.

Se durante o dia o tempo mudar e começar a chover, alertas são emitidos e os operários carregam de volta todos os ovos e ninfas.

Não é só a chuva que obriga o recolhimento. Qualquer perturbação como o ataque de um tamanduá ou um simples chute de uma pessoa dispara o alarme.

O recolhimento é tão rápido que uma pessoa que mete uma picareta para tentar ver os ovos e as ninfas dificilmente consegue este feito e só consegue ver os soldados que rapidamente se colocam na linha de frente.

 

RMW\patologia\CUPIMvida.htm em 25/12/2016, atualizado em 31/12/2016.