O tráfego de veículos pelas vias:

ROTEIRO PARA CONSTRUIR UMA RODOVIA

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ATENÇÃO! Site em construção.

Este site destina-se a estudantes que pretendem especializar em projeto de ruas, avenidas, estradas e também para leigos que constatando falhas na manutenção da segurança como sinalização de alerta deficiente possam acionar o poder público para que a segurança da via seja prontamente restabelecida.

O site trata as questões técnicas de um forma bem didática para facilitar a compreensão, especialmente, por parte de leigos, isto é, pessoas que não têm familiaridade com os aspectos envolvidos numa via que, legalmente, deveria ser segura não só para os veículos como também para os condutores e passageiros assim como para os pedestres que também usam a via para a sua locomoção.

Como são muitos os aspectos importantes que devem ser analisados, separamos em capítulos e assim, facilitar a consulta em função do problema.

ROTEIRO:


Passo 1- Definição da CLASSE da via.

Uma via pode ser uma via Particular como uma viela de casas, ou as áreas de circulação e estacionamento dentro de um shopping, uma via Local se atende especificamente aos moradores para entrar e sair com seus veículos, uma via Coletora onde veículos de serviços como ônibus e caminhões servem a população local no transporte de passageiros e entrega de marcadorias, gás, correios, uma via Arterial que oferece serviços e comércio ou uma via Expressa que atende primordialmente a ligação entre pontos de destino de um deslocamento rodoviário.


Passo 2- VDM – Volume Diario Médio

A segurança da via é definida em função da quantidade de veículos que trafegam num determinado período de tempo, por exemplo 50 veículos por hora.

As normas determinam que o VDM seja calculado em função de uma projeção de uso da via no seu DÉCIMO ANO de uso. Então necessitamos de um Urbanista que fazendo um Estudo possa nos dizer o VDM daqui a 10 anos. O número de faixas, a necessidade de um canteiro central bastante largo que possa, na medida em que aumenta a quantidade de veículos possa abrigar novas faixas e outros fatores, como veremos, depende da evolução do VDM ao longo do tempo.


Passo 3- Diretrizes do Projeto

Uma via com baixo VDM pode ter uma pista simples com duas mãos de direção, faixas estreitas, permitir pontos de parada de ônibus e outras características técnicas. Já uma via com alto VDM, por exemplo VDM de 6.000, terá obrigatoriamente duas pistas, uma para cada direção, o acesso de uma via lateral não poderá ser feito diretamente, sendo obrigado ter uma pista lateral de acesso, os pontos de ônibus não poderão ser localizados na lateral da pista sendo obrigado ter uma pista lateral auxiliar.

Para permitir uma alta taxa de uso, deverá ter uma velocidade mínima para que veículos lentos não causem congestionamentos, as curvas deverão ter um raio mínimo para que os veículos não sejam obrigados a diminuirem excessivamente a velocidade a tal ponto de causar lentidão no tráfego, as subidas deverão ter uma inclinação máxima para permitir uma velocidade adequada mesmo para caminhões carregados.


Passo 4- Traçado

A distância mais curta entre dois pontos é uma reta mas ao projetar uma rodovia, nem sempre será possível ou interessante ligar esses pontos com uma reta.

Encontramos muitas ocupações que o traçado deve ou convém desviar como cemitérios, hospitais, escolas, fora os obstáculos naturais como montanhas e rios.

Além disso, o critério de segurança recomenda que não se projete trechos retos muito longos pois em viagens longas esses trechos causam uma monotonia e levam o motorista a pequenos perigosos cochilos.


Passo 5- Dispositivos de Segurança

São obras como Barreiras de Concreto construídas em trechos críticos onde, ocorrendo um evento inesperado como o estouro de um pneu ou derrapagem em dias de chuva, o veículo desgovernado não seja lançado para dentro de um rio ou precipício profundo.

Uma barreira de concreto não evita a ocorrência do evento inesperado, quem deve alertar para o perigo são as placas de sinalização vertical, mas tendo ocorrido o evento, impede a ocorrência de outros eventos como a queda num precipício o que poderá produzir outras vítimas.

Outro dispositivo de segurança são as Caixas de Brita que localizadas em trechos de descida longa onde um veículo pesado possa apresentar falha no sistema de freios por aquecimento excessivo, permitem que o motorista lance o veículo desgovernado sobre a caixa que irá frear o veículo com segurança.


Passo 6- Drenagem

Chuvas são eventos naturais e possuem intensidades pluviométricas variáveis em função de diversos fatores. É ridículo um responsável pela segurança da via afirmar que “choveu mais que o esperado” pois o estudo da pluviometria nos dá exatamente a quantidade de chuva que pode ocorrer num determinado período de retorno.

Abertura de crateras no pavimento em dias de chuva, transbordamento com água passando e até levando parte da via por deficiência dos bueiros (tubos enterrados debaixo da via para a passagem da água de um rio), inundação de ruas com veículos e até pessoas sendo carregadas pela enxurrada são resultados do Projeto da Via feito por técnicos sem o conhecimento necessário.


Passo 7- Dimensionamento da Base

A Base numa via é a camada de terreno cujo papel é dissipar o peso do veículo aplicado pelas rodas.

Ao longo do traçado encontramos terreno firme, pantanoso, rochoso e em cada trecho é necessário encontra o ponto de equilíbrio entre o peso aplicado pelo caminhão pesado e a resisteência que o terreno tem para aguentar sem afundar.

Requer o conhecimento de propriedades do material como a elasticidade e a plasticidade, o índice de vazios e as resisências mecânicas à compressão e ao cisalhamento.


Passo 8- Pavimento

O pavimento é a superfície onde rola o pneu dos veículos. Deve ser meio áspera para assegurar uma boa aderência e evitar derrapagens, deve ser plana para evitar trepidações e deve ser resistente à abrasão, ao desgaste, e durar pelo menos um período de tempo longo para que o tráfego não seja interrompida com muita frequência para a realização do recapeamento.


Passo 9- Sinalização

Marcas viárias no solo e placas de orientação, alerta e de regulamentação devem ser cuidadosamente localizadas para avisar, com a atencedência necessária, a existência de área críticas como travessia de pedestres, de aglomeração de escolares e indicadores de direção a seguir.

Há também a sinalização de emergência empregada em locais onde tenha ocorrido um acidente com interdição parcial da via ou sinalização preventiva quando há necessidade de reparos na via ou a execução de serviços pela concessionária.


Passo 10- Ecologia

A proteção à fauna é uma preocupação relativamente ausente. Que tipo de animais vivem naquele trecho? Quais são hábitos desses animais. Descolocam-se de um lado para outro? Então devemos construir obras de travessia, seja por cima ou mesmo por baixo para que os animais possam passar de um lado para outro da via e, assim, evitar a travessia pela superfície de rolamento.

 

 

NOTA: Este site é mantido pela equipe do engenheiro Roberto Massaru Watanabe e se destina principalmente para estudantes. Pelo caráter pedagógico do site, seu conteúdo pode ser livremente copiado, impresso e distribuido. Só não pode piratear, isto é, copiar e depois divulgar como se fosse de sua autoria.


ET-10\RMW\leitocarrocavel\Roteiro.htm em 26/12/2020, atualizado em 26/12/2020 .