Prezados companheiros do grupo GEROI-Brasil:logoGEROIpequeno.JPG (7568 bytes)

FotoRMW.jpg (2736 bytes)

A GRATIDÃO DO GROU - I

22/01/2012

      Eu tenho andado muito por aí e observado que

existem diversas versões da lenda Gratidão do Grou. Todas elas possuem uma mensagem parecida mas a interpretação varia de versão para versão.

Não consegui encontrar razões para dar mais credibilidade para esta ou aquela versão. Então resolvi apresentar as diversas versões para que você rotariano possa tirar suas próprias conclusões.

VERSÃO CASAL DE IDOSOS: 

 

 

 

 

 

 

 

 

Era uma vez um casal de velhinhos que moravam isolados numa vila.

Certo dia, o velhinho passeava pelos campos quando viu uma grua (feminino de grou) caída e ferida. Ele tratou então os ferimentos e a grua recuperou-se rapidamente e voou para o céu.

Chegando em casa, enquanto o velhindo contava o ocorrido à sua esposa, alguém bateu à porta.

Nevava muito e o velhindo ficou surpreso ao ver uma linda donzela dizendo que havia se perdido na nevasca e pedia abrigo.

Como eram muito bondosos, imediatamente acolheram-na e a hosperam num quarto onde havia um velho tear.

Nos dias que se seguiram, a nevasca continuava forte e a donzela continuou com eles. Ela era inquieta e não ficava à toa. Ajudava nos afazeres domésticos, cozinhava e limpava a casa.

Passados alguns dias ela disse aos velhinhos:

- Agora eu vou fazer uma coisa no quarto. Enquanto eu estiver lá, não entrem e não olhem lá para dentro, de maneira nenhuma.

Passados três dias, a donzela saiu do quarto, parecia muito cansada, mas tinha nos braços um tecido muito bonito que entregou ao velhinho dizendo que ele poderia vender. Então ele foi à cidade e recebeu uma boa soma de dinheiro pela venda do tecido.

Com esse dinheiro, os três viveram muito bem durante algum tempo.

Quando o dinheiro acabou, a donzela se trancou novamente no quarto e depois de três dias apareceu com um novo tecido. Novamente o velhindo foi à cidade e vendeu o belo tecido.

Os anos se passaram e o evento se repetiu várias vezes. Toda vez que o dinheiro acabava a donzela se trancava no quarto e voltava com um lindo tecido.

A velhinha estava intrigada desde a primeira vez: Como é que a donzela conseguia produzir tecidos tão bonitos naquele velho tear?

Um dia, quando a rapariga estava no quarto, a velhinha quis espiar. O velhinho pediu-lhe para não olhar porque tinham prometido à donzela. Entretanto, a curiosidade falou mais alto e ela abriu um pouco a porta e espreitou.

Lá dentro, não estava a donzela mas havia uma grua. A grua era feia, magra e quase sem penas. Operava o velho tear e tecia usando como fio as suas próprias penas, que ela arrancava do corpo com o bico.

A velhinha ficou surpreendida e fechou a porta. Logo em seguida, a donzela apareceu dizendo:

- Que pena! Queria ficar com vocês para sempre, mas como descobriram quem eu sou, não posso mais ficar aqui. Eu sou a grua que você salvou naquele dia. Muito obrigada por tudo. Tenho de sair agora.

Os idosos choraram muito e quiseram fazê-la desistir, mas ela transformou-se na grua e voou para o céu.

Interessante é a diferença de visões entre aquilo que costumamos pregar e o conteúdo "moral da história".

Por aqui, costumamos enaltecer, divulgar e incentivar o sacrifício pessoal. Quando um companheiro faz um sacrifício pessoal, proclamamos essa dedicação aos quatro ventos mostrando aos demais que o sacrifício pessoal é necessário, é bom e todos deveriam seguir o exemplo.

A lenda Gratidão do Grou mostra que o sacrifício pessoal deve ser uma iniciativa íntima de cada um, que a pessoa que faz o sacrifício não deve revelar e nem se vangloriar desse ato. Que as pessoas não devem sequer perguntar e muito menos ir atrás, seguir ou bisbilhotar como fez a velhinha, ao espiar pela porta entreaberta. 

Tá aí, companheiros, mais uma visão da diferença cultural entre os povos. No próximo ano rotário, teremos como Presidente mundial o companheiro Sakuji Tanaka pedirá para que todos os rotarianos construam a Paz Através do Servir.

Na visão de Tanaka, "Paz, independente de sua definição, é uma meta verdadeira e realista para o Rotary. A paz não é algo que pode ser alcançado apenas por tratados, governos ou atos heróicos. É algo que podemos encontrar e alcançar a cada dia e de maneiras muito simples."

"A paz tem diferentes significados para diferentes pessoas", disse Tanaka.   

"Não há uma definição certa ou errada, dependendo de como usamos a palavra, aquele é o significado de paz para cada um de nós."

"E independente de como a usamos e de como a entendemos, o Rotary pode nos ajudar a alcançar a paz", adicionou. 

RMW\GEROI\watanabe\GratidaoDoGrou1.htm em 22/01/2012, atualizado em 09/06/2012 .