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BONS PRODUTOS SE PRODUZEM COM BOAS FERRAMENTAS

 EM 20/05/2010

      Eu tenho andado muito por aí e observado que

Há um ditado popular que diz “Por detrás de um grande homem sempre tem uma grande mulher”.

O que devemos entender é que a qualidade do produto final depende essencialmente da qualidade da linha de produção.

Na área industrial, chamamos de Tecnologia do Produto a pesquisa e a inovação em torno do produto final. Assim nasceu o Forno de Microondas, o Telefone Celular, etc.

Chamamos de Tecnologia de Produção a pesquisa e a inovação no processo empregado para se chegar ao produto final. Assim nasceu a automação e mais modernamente a robotização mais o Kaisen e o Just-In-Time.

Nos clubes de serviço, empregados “pessoas” na linha de produção que irão produzir o produto final “serviços” para determinados grupos da sociedade.

Da mesma forma que numa fábrica moderna de automóveis, um clube de serviços precisa ter uma Estrutura de Produção.

Numa Fábrica de Automóveis, por exemplo, alguém precisa criar o novo modelo, alguém precisa comprar as peças para montá-lo, alguém precisa contratar e treinar as pessoas para montá-lo, alguém precisa vender os automóveis prontos.

Daí nasce a Estrutura de Produção que é alguma coisa lógica como PROJETAR-COMPRAR-CONTRATAR-VENDER. A estrutura precisa trazer no seu bojo a seqüência de produção. Uma seqüência que vai resultar no produto bom e de boa qualidade.

Antigamente não tinha nada disso e se produzia empiricamente. Obviamente, a qualidade do produto final era muito variável e precisavam ter um departamento que não fazia parte da produção que era o Controle de Qualidade que dizia “este sim, este não” numa postura passiva que não retroagia, não realimentava, em prol da melhoria da linha de produção.

O Rotary antigo é como uma fábrica antiga. Nomeia-se um companheiro para uma Comissão sem se preocupar se ele será capaz, se ele tem experiência e muitas vezes sem mesmo perguntar a ele se é isso que ele quer no Rotary. Obviamente o resultado será totalmente imprevisível. Pode ser que o projeto seja um sucesso ou pode ser que o projeto seja uma grande fracasso. Então temos uma comissão de notáveis que faz às vezes do Controle de Qualidade e “julgam” a capacidade do companheiro dizendo que ele foi muito competente ou dizendo que ele se dedicou muito (para não falar que o projeto foi um fracasso).

Nas fábricas modernas, além da Tecnologia do Produto, encontramos a Tecnologia da Produção.

Na Produção encontramos a Estrutura e a Filosofia. São duas coisas totalmente distintas mas que se completam. Garante a objetividade da produção, evita os desvios de metas e garantem, à priori, a qualidade do produto final. Sem a Filosofia vamos encontrar funcionários apertando o parafuso do freio do carro de forma mecânica sem a visualização do todo - corre o risco do parafuso ficar mal apertado e vir a causar um acidente. Com a filosofia, os funcionários têm a consciência de que o parafuso que segura o friso tem função diferente do parafuso do freio e vai apertar este com mais cuidado.

No Rotary antigo, procurou-se aglutinar a Produção com a Filosofia e a Estrutura de Produção do Rotary era formada pela Comissão de Serviços Internos, Profissionais, Comunidade e Internacional. Nada funcional, pois não representava a estrutura de produção. Eram 4 comissões distintas e uma não tinha nada a ver com a outra. Resultaram 4 tipos de Rotary, um com muito companheirismo, outro muito sério e respeitoso, outro muito moralista e outro muito político com desvios para o proveito próprio.

No Rotary pós PLD/PLC, temos a Estrutura de Produção separada da Filosofia de Produção.

A estrutura reflete a produção rotariana. O que seria a “produção” num clube de serviços como o Rotary?

Primeiro você precisa recrutar e treinar o novo membro para a Ação Rotária. Não é em qualquer esquina que se encontra um potencial rotariano e ninguém nasce sabendo e, portanto, necessita passar por um processo de treinamento.

Segundo você precisa definir as metas do ano dizendo quais as prioridades e quais serão os Projetos de Prestação de Serviços que serão contemplados na próxima gestão. Deve-se caminhar com as próprias pernas tomando o cuidado de não dar o passo maior que as pernas.

Terceiro você precisa definir o Fluxo de Caixa do projeto pois nada acontece de graça, de modo que iremos nos relacionar, nas duas mãos de direção, com o braço financeiro do Rotary que é a Fundação Rotária.

Quarto, você precisa fazer uma bela embalagem para tornar o produto “apreciável” e de fácil digestão por parte do consumidor e para isso vai precisar fazer pesquisas de mercado, merchandising e muita Relação Pública a fim de conhecer o público alvo da Ação Rotária.  

Por fim, em Quinto lugar, você precisa criar um sistema de Gestão para que as metas sejam atingidas, empregando os recursos que você treinou, dentro do fluxo financeiro simulado e atingindo com eficácia (qualidade e quantidade) a comunidade onde o Rotary tem a sua atuação definida.

Agora, onde fica a qualidade da linha de produção? Onde está a Tecnologia da Produção?

Está justamente na Filosofia. Modernamente, as empresas chamam isso de MISSÃO.

Num clube de serviços, é importante que os “recursos”, isto é, os associados se envolvam, desenvolvam e executem as atividades com prazer, com alegria e com felicidade. Nesse contexto é importante o Companheirismo, o Respeito, o Exemplo e a Política.

As Avenidas de Serviços do Rotary refletem justamente essa Missão intrínseca do Rotary que é também a intenção íntima de quem se associa à instituição buscando o companheirismo, o desenvolvimento do respeito, a busca de novos exemplos e o relacionamento sadio com todas as pessoas (locais, regionais e internacionais).

Tratam-se de valores e variam grandemente de uma pessoa para outra. O que é Companheirismo? O que é Respeito? O que é Exemplo? O que é Política?

Num mundo Globalizado, como ficam nossas relações com pessoas do mundo Muçalmano (nós que somos essencialmente materialistas, monoteístas, monogâmicos), e como ficam nossas relações com o mundo Chinês (que não fazem a mínima idéia do que vem a ser irmão, tio e primo e, portanto, não fazem a mínima idéia do que vem a ser irmandade, fraternidade e solidariedade)

Estive, recentemente, em Caxias do Sul, uma cidadezinha perdida no interior do Rio Grande do Sul. Fiquei surpreso em constatar que a maior parte dos caminhões que proporcionam o desenvolvimento nacional possui carrocerias RANDON e fiquei sabendo também que os confortáveis, seguros e modernos ônibus que transportam a maior parte dos viajantes brasileiros são da MARCOPOLO e mais surpreso ainda fiquei ao saber que a Marcopolo tem uma fábrica na Índia. Agora, mais surpreso fiquei ao saber que “pessoas” fazem esse milagre. Pessoas aparentemente comuns que proclamam em seu hino estadual “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”. É de arrepiar, gente.

Precisamos discutir, expor nossos pontos de vista individuais e procurar tirar um conceito comum, ou razoavelmente comum quando o consenso não for possível.

Essas discussões ocorrem no Fórum dos Serviços Internos, no Fórum dos Serviços Profissionais, no Fórum dos Serviços à Comunidade e no Fórum dos Serviços Internacionais.

A realização dos fóruns de serviços, como dantes, continua a ser de realização obrigatória nos clubes, dentro do Ano Rotário.

Ainda vamos bater muito nestas teclas pois é muito difícil compreender a diferença entre Estrutura e Filosofia. Mesmo quem labuta na área de Organização Empresarial tem muita dificuldade nessa visão.

 

Esta é uma página pessoal que contém uma opinião essencialmente pessoal a cerca do tema Avenidas de Serviços.
As opiniões são, no fundo, "provocações" feitas aos nobres companheiros rotarianos e são baseadas em contatos, estudos e experiências pessoais e vale-se da liberdade proprocionada pela WEB. Ninguém é obrigado a aceitar, nem se pretende afirmar que as opiniões aqui colocadas sejam verdadeiras. Agora, se você gostou, pode imprimir, copiar e divulgar à vontade.
Roberto Massaru Watanabe
Sócio Honorário do Rotary Club de São Paulo - Artur Alvim e RC de Mogi das Cruzes - Norte - EMAIL: roberto@ebanataw.com.br. Watanabe é engenheiro e como tal participou do projeto das grandes obras da engenharia nacional como a Rodovia dos Imigrantes e as hidrelétricas de Ilha Solteira, Itaipú e Tucurui. Nesses empreendimentos, adquiriu muita prática no planejamento, treinamento e condução de grandes equipes.

RMW\GEROI\bonsprodutos.htm em 20/05/2010, atualizado em 20/05/2010 .

    RMW-1427-25/04/2024